Empresas ao redor do mundo apostam no material para construir espaços modulares e inusitados
31 de julho de 2018
O tempo em que grandes contêineres eram vistos somente em terminais portuários e navios de carga ficou no passado. Hoje, esses elementos fazem parte da paisagem urbana de diversas cidades, graças ao olhar criativo de empresas que decidiram reutilizá-los para construir espaços multifuncionais, modulares e sustentáveis. Um exemplo desse tipo de empreendimento é o estádio do Porto de Doha, que está sendo construído para a Copa do Mundo de 2022, no Catar. Segundo o projeto, o local terá capacidade para 40 mil pessoas e será montado como uma espécie de quebra-cabeças, com design modular inteligente que permitirá, inclusive, que o espaço seja desmontado após o torneio, para dar lugar a uma nova construção.
Projetos de menor escala também aparecem em outros setores. O site do Fórum Econômico Mundial destacou, por exemplo, o trabalho de uma empresa de arquitetura localizada no Texas, nos Estados Unidos, que está desenvolvendo projetos com a reutilização de contêineres. Chamada Root Architects, a empresa já inaugurou uma cafeteria chamada The Coffee Box, que teve sua estrutura montada em dois contêineres.
A empresa planeja desenvolver novos empreendimentos seguindo o mesmo conceito. De acordo com a publicação do Fórum Econômico Mundial, um novo shopping center de autoria da firma de arquitetura deve ser inaugurado ainda este ano. O espaço, montado nas estruturas dos contêineres, abrigará lojas, restaurantes, bares e até mesmo uma academia.
Outra cidade que está recebendo novos projetos dessa natureza é Londres. Um centro comercial chamado Boxpark foi projetado pela empresa de arquitetura BDP e oferece espaços comerciais para empresas pequenas e independentes. O empreendimento, que teve sua primeira unidade inaugurada em 2011 na área de Shoreditch, foi utilizado como modelo para um segundo espaço em Croydon, no sul da cidade. Uma terceira unidade do Boxpark deve ser inaugurada em Wembley, no norte de Londres.
Além dos espaços comerciais, algumas iniciativas sociais também se aproveitam da estrutura dos contêineres. A Samsung, por exemplo, lançou em 2011 a Solar Powered Internet School, um projeto desenvolvido para aumentar o acesso à educação em áreas remotas e rurais da África e melhorar o acesso à eletricidade. A escola foi construída dentro dos contêineres e tem capacidade para 21 alunos.
Fonte: Época
https://epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/2018/07/de-lojas-estadios-de-futebol-construcoes-que-reutilizam-conteineres.html
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